O uso de inteligência artificial disparou nos últimos dois anos. Ferramentas como o ChatGPT passaram de curiosidade tecnológica para copilotos do dia a dia. Ajudam a programar, resumem atas de reunião, criam estratégias de produto, fazem revisão de contratos. Mas no meio desse frenesi, pouca gente parou pra pensar no que está entregando pra IA e a resposta, na maioria dos casos, é: muito mais do que deveria.
Senhas, documentos internos, dados pessoais, relatórios financeiros e até informações sensíveis sobre clientes estão sendo compartilhados. Tudo isso está sendo despejado em prompts como se fossem confidenciais. Não são.
Modelos como o ChatGPT funcionam em nuvem, são treinados com base nas interações dos usuários e, em muitos casos, podem registrar entradas para melhoria contínua. Ou seja, a IA não precisa ser maliciosa, o risco já começa no uso desatento. E não adianta depois apontar o dedo pra tecnologia: quem apertou “enter” foi você.
Outro ponto crítico é confiar na IA como se fosse uma fonte confiável de dados. Ela não é.
O que o ChatGPT faz é gerar texto com base em padrões estatísticos, não em fatos. Ele não valida fontes, não checa contexto, não garante precisão. É você quem deveria fazer isso. Se a IA disser algo que “soa certo”, mas está errado, o erro foi seu por não validar. IA é ferramenta, não autoridade.
Aqui na Verzel, usamos IA com frequência. Faz parte da nossa cultura. Mas com consciência. Nunca despejamos dados brutos no prompt, nunca usamos respostas sem validação e nunca tomamos decisão com base só na máquina.
A IA está aqui pra apoiar, não pra substituir pensamento crítico. Nenhuma tecnologia substitui a responsabilidade de quem está no comando.
Usar IA com inteligência começa por reconhecer seus limites. Não trate o ChatGPT como caixa preta mágica. Não compartilhe informações que você não colocaria em um e-mail externo. E, acima de tudo, entenda que segurança digital em 2025 não é sobre antivírus, é sobre comportamento.
IA não te expõe. Você é quem se expõe.
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