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Os pilares de um bom produto digital

Por Rafael Thomazelli - Arquiteto de Software e Head de Engenharia na Verzel

Publicado há cerca de 2 anos
Banco de Imagens

Com o avanço das tecnologias, o mercado pode iniciar o processo de digitalização dos seus produtos ou, pelo menos, a digitalização dos seus canais de vendas. No entanto, ainda hoje, muitos profissionais de TI ou participantes de times de projetos têm dificuldades para entender as definições básicas sobre o que são produtos digitais, quais são, o que é software, o que é sistema, entre outras dúvidas frequentes.

Então vamos lá, vamos iniciar essa jornada!

Produto: é algo tangível (físico) ou intangível, que pode ser produzido e distribuído. Mas essa ainda é uma definição muito abrangente. Para restringir melhor o conceito, gosto de dizer que produto é qualquer solução disponibilizada para o mercado, a fim de satisfazer uma necessidade ou dor de um grupo de consumidores.

Produto digital: é a derivação de produtos voltados para entregas digitais. Vou listar alguns: softwares, aplicativos, treinamentos, conteúdos gravados, canais de vendas online (e-commerce), entre outros.

Software: é um dos produtos digitais, voltado a solucionar problemas do consumidor de forma mais prática (como a digitalização de documentos ou planilhas de controle). Na comunidade, embora tudo seja software, chamamos de software aquilo que foi instalado em nossa máquina (navegadores, utilitários de trabalho etc.).

Sistema: embora também seja um software, um sistema envolve uma série de programas e canais para resolverem algo em comum entre si. Geralmente, são mais comuns de serem acessados via navegador (como controlar todas as opções de uma conta bancária, internet banking, ou todas as fases da vida de um cliente digital - CRM).

Agora que já temos a base e equalizamos nossos conhecimentos, vamos entender a importância dos produtos digitais, como softwares e sistemas (embora os demais produtos também se enquadrem nos mesmos conceitos). Todos eles nascem da necessidade de resolver uma dor, seja ela qual for. Vamos trazer dois exemplos de produtos digitais para exemplificar nossa definição.

Spotify

Conhecido dos nossos ouvidos, o Spotify surgiu resolvendo uma dor muito latente dos anos 2000: comprar discos estava cada vez mais caro, e as soluções de áudio na época exigiam o download da música (que levava pelo menos uns 30 segundos) antes da execução. Então, sua proposta foi: um software que detinha todas as músicas do mundo e, ao invés de baixar, apenas concedia um pedaço da música para o cliente escutar enquanto baixava outro pedaço (streaming). Dessa forma, a plataforma atenderia aos consumidores, que não precisavam mais esperar, e às gravadoras, que continuariam tendo controle e direito sobre as músicas.

Uber

Já o Uber veio com a intenção de solucionar a dor de precisar ir a um ponto de táxi para conseguir um transporte mais privativo. Dessa forma, ele conectou pessoas e motoristas para que eles se encontrem, ao invés de haver um ponto fixo. Isso aumentou a democratização para os profissionais, que antes precisavam ser homologados, e ainda melhorou, e muito, a disponibilidade de transporte para o cliente final.

Parece simples, mas não é!

Então, basta resolver uma dor latente, com uma boa linguagem de programação, ou comprar uma boa plataforma de mercado ou whitelabel (plataformas genéricas que prestam um serviço específico multiclientes, onde normalmente o cliente pode customizar para ficar com um pouco da sua cara, como por exemplo Wix, Shopify, Vtex, entre outros) para atender à minha necessidade e, assim, distribuir isso aos meus clientes e ter um excelente produto digital? Não!

O princípio é esse, mas, se não prezarmos pelos pilares e não estruturarmos nossa solução com base neles, provavelmente nosso produto digital será perecível e, até mesmo, não engajará com nossa base de clientes. Possivelmente, o esforço de mantermos nosso produto disponível será tão desgastante que nossa resiliência em mantê-lo se esgotará, e é aí que muitas empresas e empreendedores acabam desistindo de seguir com seus produtos.

Por isso, vamos listar o que, no meu ponto de vista e pela nossa experiência na Verzel e na Devaria, determina os três principais pilares para que qualquer produto digital não morra na praia:

1. Objetivo bem definido

O principal denominador de qualquer produto digital de sucesso é ter seu objetivo bem definido. Com isso, o time de produto, o time de vendas, o cliente e até mesmo o público em geral sabem do que seu produto trata, tornando-o muito mais efetivo para aqueles que realmente precisam dele.

2. Custo de operação

Aqui é onde as empresas e os times mais erram: custo de operação. Não adianta um produto faturar cem milhões de reais se o custo para mantê-lo é de cento e dois milhões. Seu produto dará prejuízo. É melhor ter um produto que fature um milhão de reais e custe somente cem mil.

3. Manutenibilidade

O mercado evolui, assim como os produtos. Ter um produto que não pode evoluir junto com o mercado é sentenciá-lo a uma expectativa de vida muito baixa.

Para resumir o que falamos aqui: tudo gira em torno de estruturar bem o produto desde a concepção para que todo o crescimento venha em cima disso. Se iniciarmos com um objetivo bem definido, com o custo de operação em mente e com manutenibilidade garantida, não há como o produto não ter uma vida útil saudável, e até rentável, se realmente resolver um problema comum da sociedade.

Tenha isso em mente: o produto precisa servir para ser rentável.

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Banco de Imagens

Um produto excelente que atende à necessidade de poucas pessoas é muito menos poderoso do que um produto mediano que utiliza os três pilares e atende à necessidade de muitas pessoas.

Foquem nos pilares e no conceito de entregar valor, e jamais serão frustrados com os seus produtos. Espero imensamente ter ajudado, ainda que um pouco, a elucidar algumas dúvidas e a gerar um norte para aqueles que estão pensando em lançar produtos digitais.

Fico à disposição para esclarecer qualquer dúvida e agradeço, de coração, a leitura até aqui.

#produtodigital#desenvolvimento#custodeoperacao
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