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IA sem arquitetura é só gambiarra com nome bonito

Por Rafael Thomazelli – CEO na Verzel

Publicado há cerca de 2 horas
SeaArt.IA

A inteligência artificial deixou de ser promessa e virou realidade operacional. De acordo com o relatório The State of AI in 2024, da McKinsey, 55% das empresas já utilizam IA em pelo menos uma área do negócio. Dessas, 40% estão colhendo resultados reais. Mas tem um detalhe incômodo: a maioria ainda não tem arquitetura de software capaz de sustentar esse crescimento. É aí que o castelo desmorona.

Funciona bem na POC, mas não sobe pra produção. Sistema vira gargalo. A aplicação fica instável, lenta, vulnerável. Não é que a IA falha, é a engenharia que foi esquecida no processo.

IA sem infraestrutura sólida, dados bem tratados e pipeline de produção não passa de um experimento com interface bonita. E isso, no mundo real, não escala.

Pra extrair valor de verdade, é preciso redesenhar tudo: arquitetura, fluxo de dados, infraestrutura e modelo operacional. É engenharia de produto, não só modelo treinado.

Os principais desafios aparecem rápido:

Escalabilidade

Deep learning exige processamento pesado. Sem arquitetura elástica, balanceamento de carga, computação paralela e orquestração com Kubernetes, o modelo vira peso morto. Segundo o Gartner, até 2025, 70% dos projetos de IA vão falhar por falta de escalabilidade e não por falhas no modelo.

Segurança e privacidade

IA consome grandes volumes de dados sensíveis. Criptografia ponta a ponta, controle de acesso granular e monitoramento constante não são diferenciais, são o mínimo necessário. LGPD e GDPR não são opcionais.

Eficiência operacional

POC não paga boleto. Pra IA operar no dia a dia, precisa de pipelines bem definidos, automação do ciclo completo e ferramentas robustas como Kafka, MLflow e TFX.

O que funciona na prática:

Modularidade

Permite evoluir modelos sem impactar o restante do sistema. Facilita rollback, testes A/B e deploys sem dor de cabeça.

Observabilidade

Monitorar acurácia, latência, uso de GPU e comportamento anômalo não é luxo, é sobrevivência. Ferramentas como Prometheus e Grafana ajudam a manter a IA como ativo estratégico, e não risco operacional.

Governança de dados

Dados ruins geram modelos piores. Versionamento, anonimização, rotulagem e validação são parte da arquitetura desde o primeiro dia. Sem isso, o modelo só replica ruído.

MLOps

Sem pipeline de CI/CD voltado pra IA, o modelo nunca chega em produção com confiabilidade. Produzir, versionar e entregar modelos com agilidade é o que separa quem faz IA de verdade de quem só diz que faz.

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Rafael Thomazelli - CEO na Verzel

Na Verzel, IA é parte do core do produto. Trabalhamos com arquitetura baseada em microsserviços, infraestrutura elástica e APIs desacopladas.

Já aplicamos soluções com IA em sistemas financeiros, plataformas educacionais, segurança pública e programas de milhagem.

E em todos os casos, o padrão é o mesmo: não existe mágica, existe engenharia. IA sem arquitetura é só gambiarra com nome bonito e, mais cedo ou mais tarde, ela cobra a conta.

#ia#engenharia#arquitetura#dados#mlops#verzel
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